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Protestos contra a morte do cachorro Grandão, em Brasília

Notícias Animal


"O Grandão não teve o socorro que ele precisava por muitas entraves, mas estamos aqui para pedir justiça por ele", disseram os manifestantes, em frente ao quiosque do empresário que o adotou, na área externa da UniCeub.

Uma manifestação na Asa Norte, na noite de 02/12/2019, reuniu representantes de ONGs e voluntários em um protesto contra a morte do cachorro Grandão.

Em julho, quando ele foi adotado em uma feira, em Brasília, o animal pesava 49 quilos. Foi devolvido após ação judicial e morreu em 28/11/2019, com 19 quilos.

Com faixas, velas e fotos, os manifestantes fizeram uma vigília e pediram justiça pelo sofrimento causado ao animal.

Os representantes da Organização Não Governamental (ONG) Toca Segura, que promoveu a feira de adoção na qual Grandão foi entregue, estiveram no ato. Voluntários de, pelo menos, outras cinco associações protetoras acompanharam a manifestação.

A Toca Segura afirma que durante os quatro meses em que esteve com o cachorro, o empresário se recusou a receber os representantes da organização que queriam ver como Grandão estava se adaptando.

Até a última atualização desta reportagem, o homem que adotou o animal não quis falar sobre o assunto. Ele apenas se manifestou por uma rede social (veja mais abaixo).

A OAB de Taguatinga-DF também esteve no ato.

Conforme os protetores, o homem que adotou Grandão deverá responder na Justiça pelo crime de maus-tratos.

"Ele tem que saber que os protetores de animais são unidos", afirmou Ana Paula Vasconcelos, representante de uma das ONGs.

"Se isso não dói na alma dele, vai doer no bolso."

Grandão morreu após ser resgatado por sofrer maus-tratos. Ele tinha perdido 30 quilos e, segundo os veterinários que o examinaram, estava com anemia severa e feridas pelo corpo.

O cachorro foi adotado durante um evento, no Eixão Sul, em Brasília. O grupo de resgate a animais abandonados, Toca Segura, havia montado um espaço para a adoção responsável.

De acordo com a ONG, após a adoção, é comum manter contato com o novo responsável para monitorar o bem-estar do animal. Como o empresário não dava notícias e se recusou a receber os voluntários, as suspeitas começaram.

"Essa adoção acabou se tornando um pesadelo, nós pedimos o cachorro de volta, mas o homem que estava com ele se recusou a nos devolver", disse uma das voluntárias.

A morte de Grandão foi anunciada pelas redes sociais do grupo. Os protetores disseram estar "devastados" e afirmaram que os advogados da ONG irão assumiriam o caso.


Confira o relato do empresário que adotou Grandão em uma rede social

“Tem muita gente pedindo para eu me retratar aqui, dar o meu depoimento, a minha declaração, eu acho que tem muitas pessoas aqui que não me conhecem, que estão falando muito mal, coisas muito pesadas comigo.

Eu não discordo de quem ama os animais, de quem cuida dos animais, isso porque eu tenho outros cachorros na minha casa, eu tenho outros animais, e eu sou um cara que ama os animais ao ponto de ter mais de um, de dois, de três. Eu jamais iria numa feira de doação, adotar um animal para maltratar ele. O meu lado da versão vai ser provado na Justiça."




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Quero ver o que ele vai dizer na Justiça. Porque não devolveu o animal logo nas primeiras tentativas da Ong? Se gosta tanto de animais como o Grandão chegou ao ponto que chegou? Não acho que ele saiba valorizar uma vida, uma vida que importa! Vamos aguardar..




Adaptação de Texto: Vida que Importa





Também com informações: Metropoles.com


Fonte: https://g1.globo.com/